Inteligência jurídica trata-se de recursos tecnológicos que se desenvolvem de acordo com um padrão específico para coleta e análise de dados. Essa padronização permite maior agilidade e menos falhas à equipe de grandes bancas e departamentos jurídicos, oferecendo resultados mais satisfatórios, seguros e preventivos.
Através da coleta e cruzamento de dados disponibilizados em dashboards fáceis de serem analisados, essa tecnologia vem proporcionando um importante ganho, tanto nos processos internos quanto no monitoramento de ações judiciais, nos escritórios de todo o país.
Por isso te convidamos a continuar a leitura para compreender mais sobre do que se trata, como funciona na prática um bom sistema de Inteligência Jurídica e porque se tornou uma ferramenta inigualável para captar novos clientes e aumentar a qualidade dos serviços prestados.
O que é Inteligência jurídica?
Não mais vista como o futuro do Direito, a inteligência jurídica está presente e protagoniza ações estratégicas no ramo da advocacia.
Aliada à jurimetria, ela evita processos que uma empresa pode vir a receber por conta de uma má gestão, utilizando-se de recursos tecnológicos como a automação e a coleta e análise de dados em tempo real.
Ou seja, a inteligência jurídica age como uma ferramenta para que advogados e gestores de grandes bancas e departamentos em geral elaborem ações mais estratégicas baseadas em informações atualizadas, reais e valiosas.
Inteligência Jurídica e Compliance: qual a relação?
A inteligência jurídica está intimamente ligada à tecnologia e ao compliance — conceito que significa “estar em conformidade” com as legislações vigentes — uma vez que é através da análise de dados que é possível entender questões importantes, como:
- Qual o departamento da minha empresa que mais gera processos?
- Que falhas ocasionam problemas legais?
- Quais práticas estão dando prejuízo?
- Quais as melhores formas de evitá-los para em conformidade com a lei e gerar melhores resultados?
Portanto, assim como o compliance, a inteligência jurídica está fundada na necessidade de tornar os processos mais eficientes, minimizando riscos e custos. Juntas, as duas podem identificar as falhas que mais causam ações judiciais, as práticas que geram prejuízo à empresa e os erros que impedem maior produtividade da equipe.
Para entender melhor sobre o conjunto de ações que envolvem o compliance, leia também: Compliance: conceito, tipos, benefícios e como colocar em prática
Qual a diferença de Inteligência Jurídica e Auditoria Jurídica?
A auditoria jurídica é um serviço realizado, geralmente, em casos pontuais e específicos — o que não permite acompanhar o dinamismo e as mudanças nas empresas a todo momento, enquanto a inteligência jurídica trabalha com coleta e análise de dados em tempo real, o que confere uma análise mais precisa e atualizada sobre a situação da empresa.
Qual o papel da Inteligência Jurídica?
Seu papel dentro das empresas é mapear as ações que levam à falhas recorrentes que atrapalham a produtividade do time e interferem nos recursos financeiros do negócio, ou seja, seu principal objetivo é identificar e prevenir problemas!
E é por isso que cada vez mais gestores e empresários de todos os escalões vem adotando a tecnologia e garantindo com ela reduções de custos e mais segurança nos processos.
Como funciona a Inteligência Jurídica na prática?
A inteligência jurídica representa um passo rumo a uma cultura de prevenção nos escritórios e departamentos jurídicos, que podem deixar um pouco de lado a atuação focada apenas em contenção. Na prática, ela funciona:
- Captando e organizando as informações;
- Identificando com agilidade e segurança os processos;
- Gerenciando documentos e prazos processuais;
- Automatizando rotinas de trabalho;
- Controlando o fluxo de trabalho da equipe;
- Permitindo o acompanhamento online dos processos;
- Recuperando publicações nos Diários de Justiça e Diários Oficiais em todo o Brasil;
- Ajudando a gerar relatórios e peças jurídicas;
- Auxiliando na administração simultânea de diferentes demandas.
Tudo isso através de softwares especializados, no entanto, vale lembrar que, apesar de realizar a coleta e análise dos dados de forma automática, de nada adiantará se o time de advogados responsáveis não estiver capacitado para operar tal ferramenta e analisar cada dado de forma estratégica.
Por isso é de extrema importância, para que a inteligência jurídica funcione na prática, que se invista na capacitação da equipe, tanto na parte técnica para a utilização das ferramentas disponibilizadas, quanto em uma mudança de mindset, buscando difundir a importância de uma cultura de prevenção.
Inteligência jurídica nas grandes bancas
Os grandes escritórios de advocacia contam com setores próprios especializados em auditorias jurídicas, mas por serem feitas de forma pontual acabam se tornando estáticas frente ao dinamismo do mundo dos negócios.
Enquanto a inteligência jurídica consiste em um trabalho dinâmico que permite a coleta e análise de dados em tempo real para a tomada de decisões de forma inteligente, ajudando advogados e gestores a atuarem de maneira estratégica e bem mais ágil.
Inteligência Jurídica nos departamentos jurídicos
Há tempos atrás os departamentos jurídicos eram vistos apenas como apagadores de incêndios. Sua estrutura era focada no gerenciamento das ações judiciais em andamento, sem que houvesse uma compreensão maior das circunstâncias que levaram ao ajuizamento de cada processo.
E, todos sabemos como as demandas judiciais possuem um alto custo para as empresas, além do desgaste físico e mental dos funcionários envolvidos.
Assim, com a soma de tais fatores, surgiu a necessidade de novas ferramentas aliadas a uma cultura preventiva, e é aí que entra a Inteligência jurídica nos departamentos, onde o foco é fazer uso de softwares especializados para que se evitem problemas através de informações que explicam cada gargalo das empresas.
Automação X advogados
É certo que o mercado da advocacia está se transformando e os advogados e demais profissionais do meio terão que adaptar-se e reinventar-se. Isso faz parte da evolução em qualquer outra área.
A urgência de se ter acesso às informações em todos os lugares (arquivos de clientes, experiência da empresa, finanças) e a necessidade de integração com colegas catapultou a revolução digital legal.
Assim, é normal, mesmo que equivocadamente, se crie certo receio entre os profissionais que por vezes expressam seu medo em perder espaço para as máquinas. O que é preciso esclarecer é que essas soluções tecnológicas existem para ajudar, principalmente nas tarefas operacionais e repetitivas de maneira a aumentar produtividade, facilitar a rotina e reduzir custos.
Logo, aquelas demandas que exigem raciocínio e tomada de decisão estão longe de serem tomadas por ferramentas automatizadas. Ou seja, o truque é saber usar a tecnologia como a verdadeira aliada que ela é.
Conclusão
A inteligência jurídica, por ser um conceito relativamente novo e que representa a mudança para uma cultura de prevenção e não mais apenas de contenção, ainda tem encontrado algumas barreiras entre os gestores mais conservadores – barreiras estas que vêm sendo superadas pouco a pouco, uma vez que a sua implantação tem apresentado resultados extremamente positivos.
O aumento da eficiência, a segurança nos processos e a redução de custos são bons exemplos, provando que o ditado popular “é melhor prevenir do que remediar” não existe à toa.
Portanto, sim, a relação entre as ferramentas de TI e o universo jurídico é inevitável e o quanto antes os negócios se aproveitarem disso fazendo uso de softwares de inteligência jurídica, mais rápido colherão os frutos.
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